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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Poucas semanas e muita ansiedade

Cá estou eu, pensando praticamente de maneira exclusiva na vida que gero.

Esse primeiro trimestre é algo bem complicado. Tão abstrato, imaterial. Quase não há mudanças físicas. Ninguém que não me conheça sabe que estou gestando. Além de tudo, neste período, o ser que se forma é frágil e delicado demais. Resta a mim, esperar. Disse, certa vez, Amarante "o seu caso é o tempo passar"¹. Não tenho mesmo outro remédio.

Os medos e alegrias vêm e vão na minha mente. Fluem, como se fossem um rio. As incertezas são grandes, mas é assim a vida, não é? Muitas vezes me ocorre o desejo de fechar os olhos e só abrir quando já tiver no meu colo um lindo bebê. Porém é preciso viver cada ciclo, cada etapa. Viver as incertezas do primeiro trimestre faz parte da gestação, é assim que tem que ser.

Enquanto o tempo se arrasta, vou pensando sobre como será seu olhar. Ou, antes, como chegará ao mundo. Quem me conhece sabe o quanto quero distância de bisturi para o momento da chegada dessa criança ao mundo. O desejo do meu coração é que tudo seja lindo, calmo, natural, sem intervenções desnecessárias. Queria estar cercada de pessoas que acreditassem que isso é possível, que meu corpo é capaz. Infelizmente essas pessoas são poucas, a maioria me desencoraja a acreditar que isto seja possível. Dizem que é melhor eu tirar essa ideia da cabeça, pois caso seja necessária uma cirurgia eu não sofra duplamente. Mas como realizar um sonho sem sonhar com ele? Sem planejá-lo? Sou eu quem preciso fazer esse sonho acontecer.

Tenho vivido uma estranha solidão nesses últimos dias. Sinto uma saudade imensa da euforia que tomou conta de mim no dia das duas listrinhas e no dia do exame positivo do hospital. Desde então tive os sustos dos sangramentos e um distanciamento das evidências de que meu filho está aqui no meu ventre. Essa "distância" me traz uma vontade imensa de chorar. Ah, são os hormônios, dirão. Não é só isso não. É aquela vontade grande que as coisas se concretizem. Vontade de começar a arrumar as coisinhas da vida que receberemos. Vontade de senti-lo fisicamente. De ver a barriga crescer. Mas tudo, tudo tem um tempo. E vou ter que esperar esse tempo também.

Apenas no dia quatro farei minha primeira ultrassonografia. Melhor assim. Até lá  teremos mais certezas de que ele (ou ela) será visto, embora, é claro, sem saber ainda se é ele ou ela. Isso é coisa que teremos que esperar muito mais tempo, talvez só saibamos por ocasião do nascimento. Ultrassonografia feita muito  no início da gestação pode trazer mais incertezas e aflições do que tranquilidade. Afinal, a gestação pode ter muito menos tempo do que imaginamos e pode não ser possível ver o embrião. Sabendo o quanto sou ansiosa, melhor esperar um pouco mais, assim, confiando na gente, no meu corpo e no desenvolvimento do dele/a.

Preciso aprender algo que faça essa ansiedade diminuir. Sumir com ela. Não tenho conseguido relaxar. Está difícil administrar a angústia que sinto. São muitos medos misturados, uns reais, outros nem tanto. Me sinto melhor que há dois dias atrás. Mas minha mente, ainda, acelerada demais. Não sei como farei. Queria ter suportes como yoga, hidroginástica, meditação ou qualquer coisa do tipo. Mas vou ter que descobrir sozinha um jeito de me acalmar (quem manda nascer pobre, nhá). Preciso e vou descobrir.

Eu não imaginava que era tão difícil ser grávida de poucas semanas... em pensar que a jornada está apenas começando!

PS: estou sentindo um pouco de enjoo as vezes, vertigens as vezes. E estou adorando! Vai entender...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mais molho

Mais uma vez um susto e um pouco de molho. Paciência, faz parte. Mas estou confiante. O medo, dessa vez, não me dominou. Senti sim, mas não tomou conta de mim. Estou ficando mocinha!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um/a lindo/a "girino/a"...

... é o que tenho aqui dentro de mim, hehehe.

Vejam como deve ser o pequeno embrião que está dentro de mim agora, de acordo com este site: http://3dpregnancy.parentsconnect.com/static/pregnancy-week-5.html


Lindo/a, né?


=)

domingo, 18 de outubro de 2009

Medo

"Perder o medo é se atirar no escuro, enfrentando o desconhecido."


(Léa Waider )


O medo. Troço ruim de enfrentar. Difícil também. Sou uma criatura ansiosa e cheia, cheia de medos. Quando criança tinha medo de chegar atrasada na escola. Muitas vezes dormia de uniforme pra não perder a hora.

Pois bem. Eu tinha medo de nunca conseguir engravidar. Pouco tempo depois de tomada a decisão, descobri-me grávida. Tão ansiosa que sou, peguei meu positivo no laboratório cinco dias depois do atraso menstrual. Por que fui ao laboratório naquele dia? Por medo. Eu já sabia que estava grávida graças a um teste positivo de farmácia. Mas estava sentindo um pouco de cólica e tive???... medo.

Quinta tive um pequeno sangramento, mínimo, e corri pro hospital. Devo confessar que tive, aí, medo de verdade. Chorei muito, pensei que o sonho acabaria ali. Fiquei desde então em repouso absoluto. Felizmente a situação cessou. Ótimo! Mas os medos? Não, não acabaram.

Eu consigo pôr mil e uma caraminholas na cabeça. Tenho medo de, chegando amanhã no hospital, algo estar errado. Medo da contagem do beta ser inadequada pro tempo gestacional. O médico pediu que fizesse uma ultrassonografia esta semana, mas tenho medo de nada ser visto (não por estar no início da gestação, mas por algo estar errado). Temo até por não estar enjoando, vomitando ou com náuseas, por saber que a grande maioria das gestantes têm isso, que é normal e promovido por hormônios que protegem a gravidez. Tenho medo que algum alimento que eu ingira me faça mal. Que prejudique o bebê.

Tenho medo de, seguindo-se a gestação, eu tenha um problema qualquer, um sangramento, perda de líquido, precise de algo como cerclagem. Tenho medo de um trabalho de parto prematuro. Tenho medo de algo dar errado na hora do parto. Nem é medo de sentir dor, mas de haver sofrimento fetal ou algo assim.

Por que estou revelando todas essas angústias? Falando de todas essas ansiedades? Porque não aguento mais guardar essa aflição toda dentro de mim. Não suporto mais me sentir tão incapaz. Sim, me sinto incapaz... pensava, toda hora, que não seria capaz de engravidar... agora, fico com a sensação absurdamente desconfortável e dolorosa que não sou capaz de gestar. Quando não, penso: posso até gestar, mas não vou conseguir parir.

Não faço faço a mínima ideia de qual seja a origem desses pensamentos, desses sentimentos devastadores. Também não sei como distruí-los. Talvez a pista pra eliminá-los seja o que está escrito na frase que escolhi pra abrir meu texto: aprender a lidar com o desconhecido. Curiosamente, tenho medo do escuro (oh!). Atirar-me no escuro (literal ou não), no desconhecido, não é nada fácil pra mim. Me sinto aprisionada, limitada pelos medos com os quais preciso lidar (e não sei).

Hoje decidi que vou tentar não me preocupar. Pelo menos tentar. Preocupar. Ocupar antes do tempo, né? Do que adianta sofrer agora se algo for dar errado no futuro? E olha que, na maioria das vezes nem dá errado! Melhor ainda, né? Mas e se der? Sofrer antes da hora resolve? Adianta? Não! Hoje vou pelo menos tentar acreditar mais em mim.

sábado, 17 de outubro de 2009

Eu ganhei!

Nem imaginava, mas ganhei o concurso da PR "Pais devem ter limites?". Tem uma postagem mais antiga aqui no blog com a versão integral do texto. Diminui ele um pouquinho pra caber em um post do orkut. Tá aqui o meu (e os outros três vencedores logo baixo):

Vivemos em uma época na qual parece que vale tudo em busca da “felicidade”. Os pais do nosso século são antagônicos: têm poucos filhos e juram que é para que possam “dar de tudo” para esses poucos filhos (às vezes no singular). As crianças não precisam de luxo e ostentação. Na verdade elas nem entenderiam o que é isso, se os “seus” adultos não lhes ensinassem. O tudo que as crianças precisam é bem diferentes do que os pais saem de casa para conquistar. As crianças não precisam dezenas de babás, mas de pais presentes. Não querem brinquedos caros, mas de gente que as ame pra brincar com elas. Não querem roupas luxuosas, mas toques carinhosos em seus corpos, abraços que lhes confira segurança e ternura.

Os pais não podem criar “seus” filhos como bem querem simplesmente porque não são seus. Não da maneira como acham que são. Se os “seus” filhos fossem seus no sentido de propriedade, de posse, não haveria documentos que regulamentassem os direitos da criança, como estatutos e afins. São sua responsabilidade, mas são pessoas distintas de si, são outros seres humanos, e precisam ter preservado o direito de aprender a conviver em grupo, ter capacidade de adaptar-se a ele.

As pessoas dizem estar ansiosas por um mundo melhor, um futuro melhor, mas como esperar pessoas mais solidárias se ensinam seus filhos a serem egoístas? Como esperar partilha de alguém que junta excessos? Se você quer um mundo melhor, é preciso construir esse mundo. As crianças são os cidadãos do futuro. Se quisermos cidadãos equilibrados, precisamos criá-los com equilíbrio. Se alguém deseja um futuro melhor para “seus” filhos, é bom começar a construí-lo. Mas é bom saber que, se a criança cresce em um ambiente no qual tudo pode, onde não existem limites saudáveis, pode estar cultivando um tirano e não um ser humano libertário, ou seja, encontrará o caminho oposto do que parece estar procurando.

Equilíbrio. É preciso equilíbrio.


Estou tão feliz! Feliz não só por ganhar a camiseta (rsrsrs), mas por saber que mais pessoas compartilham do meu ponto de vista. O mundo precisa de mais seres humanos que sejam humanos!

Ah, não posso deixar de postar os demais textos vencedores.

Elisangela Chica:

Vou fazer um "confesso"; sou egoísta demais pra deixar meus filhos, enquanto pequenos, com babás.

Eu acho que ninguém no mundo os educaria, os cuidaria, os mimaria como eu! Eu sou a melhor mãe pra eles, kkkkkk.

Eu sou do tipo que carrega a cria embaixo das asas mesmo. Mas não sou ciumenta; amo que eles sejam amados, parparicados...

E, quando já sabem dar os primeiros vôos solos, os liberto com prazer. Meus filhos fazem parte de mim, mas eu não faço parte deles. Eu dependo deles, mas não quero que eles dependam sempre de mim.

Eles não são minhas propriedades, mas tenho a responsabilidade de fazer o melhor pra eles. Pessoas nascem pra ser amadas e felizes. Acho que acerto em, pelo menos, 60% das vezes, kkkkk.


Janaína:

Ontem no parquinho, meu filho estava escalando um brinquedo que parece uma teia de aranha, é seu brinquedo favorito. Ele pegou dois gravetos do chão e começou a subir, quando eu ia falar "joga isso no chão, que você pode se machucar", ele vira pra mim e diz "Se eu chegar lá em cima eu ganho". Parei e pensei: ele se fez um desafio, devo intervir?

Enquanto ele subia e olhava pra mim todo orgulhoso, eu com o coração na mão, decidi deixá-lo testar seu limite. Qual minha surpresa e alegria, quando ele chegou no topo com os gravetos na mão e gritou "mamãe, ganhei!" Sem machucado e com uma experiência, que para um adulto pode parecer tola, mas que para ele era um momento de superação. Depois ele pegou três grafetos, o terceiro era grande e atrapalhava muito, caiu umas três vezes e viu aí o seu limite.

O que quero ilustrar com isso? O que tenho aprendido nesses 5 anos, quais os meus limites na educação do Leonardo, qual o meu papel em sua formação. Cada vez mais interfiro menos em suas decisões e não o poupo de frustrações e sofrimentos. A vida aqui tem tons de rosa, azul e por vezes cinza. Não me sinto no direito de construir um mundo cor de rosa, sem as outras tonalidades, porque ao primeiro sinal de sofrimento na vida adulta ele vai lembrar que sentimentos negativos existem e podem ser superados.

Pais devem ter limites. Devem reconhecer quando são desnecessários, reconhecer nos filhos cidadãos justos. E seja qual for o futuro, seja qual for o mundo e as adversidades que ele irá enfrentar, os pais devem ter a certeza de que fizeram o possível para prepará-los. O amor não justifica criar um ser humano fraco e dependente.

Pais devem saber que amor, proteção e mimo também tem limite.


Este outro ganhou por votação dos participantes da comunidade:

Mae Zona ♥

Antes eu achava que nao deveria dar presentes pro meu filho o tempo todo pois isso poderia fazer com que ele nao desse valor ao que vem 'facil' demais.

Dai lembrei da minha infancia: ate hoje sinto nas bochechas os beijos estalados da minha irmã do meio, que me cobria de mimos e presentes sempre que podia. Pena que ela não podia sempre, mas tenho certeza de que se ela tivesse dinheiro, ela me daria tudo que eu quisesse. E como é bom saber disso.

Meu filho quase morreu de felicidade semana passada pq ganhou seu primeiro kinder ovo. Todo dia qdo eu chego em casa, ele corre pra mim, me da um beijo e pergunta ' mamãe trouxe pesente????" E mamãe traz, quase todo dia mamãe traz uma coisinha especial. Tudo isso pq penso nas minhas lembranças mais sublimes da infância. Ate hoje lembro da 'galinha de açúcar' que minha mãe trazia qdo voltava da feira. Sábado pra mim era dia especial. Dia de galinha com açúcar. Dia de sentir quão doce é se sentir amado.

Acho que o que estraga, atrapalha nao é dar sem limites. É dar por dar. É dar em substituição, não como complemento. Eu dou brinquedo, muitos, mas dou amor, dou atenção, dou explicação, dou educação. Dou o melhor de mim praquele que eh a representação do que eu tenho de melhor: meu filho! Gente, como eu amo esse menino...


Infelizmente não sei usar todos os recursos do blog, não sei deixar o nome das pessoas/comunidades com links pra eles. Mas é só entrar no orkut, procurar a comunidade "Pediatria Radical" e o concurso aí que vc encontra isso tudo que postei! ^^

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Confiar no corpo

Alguns acontecimentos angustiantes de ontem me fazem reconhecer a importância de acreditar no meu próprio corpo. Preciso entender que ele está aprendendo uma nova situação. Preciso confiar em suas etapas e processos. Saber que cada corpo é diferente. Crer que vai dar tudo certo e que vai ficar tudo bem.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Cólicas

Eu não sabia que cólicas podiam acontecer no início da gestação, nem que eram relativamente comuns. O fato é que, apesar de não serem fortes, fico mais ansiosa do que já sou. Cólica me lembra sangue e sangue é algo que só quero ver no final da gestação e em um PN!!! Sei que essa postagem não é encantadora e emocionante, mas este é o único espaço para eu falar um pouquinho da dor e delícia de gestar. Escrever sobre o assunto me ajuda a sublimá-lo, talvez esquecer um pouco dele. Fica o registro do desabafo, com a esperança e confiança que essa fase, como as outras, vai passar!

Emoção de ser Pai

Quando eu ouvia que quando o homem sabe que vai ser pai, é uma emoção sem tamanho, eu duvidava, pensava que era frescura, mas hoje pago a lingua, pois é a mais pura verdade. A ansiedade toma conta da pessoa, milhoes de pensamentos vem na cabeça, é uma coisa louca.

Mais emocionante que a sensação de quando fazemos o 1º gol, ou a primeira vez que se anda de bicicleta sem rodinhas, ou ainda ver Airton Senna ganhando uma corrida. Sei que não existe nada que se compare.

A ansiedade de saber como ele esta, como vai ser (espero que seja bonito como a mãe), o que vai ser quando crescer, enfim..mil coisas. Mas uma coisa esta criança ja fez, mexeu na minha vida, pra melhor.

Meu bebe, seu pai lhe ama muito.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Gravidômetro

Não resisti, baixei o gravidômetro (http://www.maternidadecuritiba.com.br/gestacao.html)

Eis o resultado:


Hoje é dia: 13/10/2009
Olá! Seu bebê tem hoje:
Meses : 1 mes(es), 0 semana(s) e 5 dia(s).
Semanas: 5 semana(s) e 0 dia(s).
-----------------------------------------------------
Aniversários da barriguinha:
1 mês :7/10/2009 - 4 semanas e 2 dias.
2 meses: 7/11/2009 - 8 semanas e 4 dias.
3 meses: 7/12/2009 - 13 semanas
4 meses: 7/1/2010 - 17 semanas e 2 dias.
5 meses: 6/2/2010 - 21 semanas e 5 dias.
6 meses: 8/3/2010 - 26 semanas
7 meses: 8/4/2010 - 30 semanas e 2 dias.
8 meses: 8/5/2010 - 34 semanas e 5 dias.
9 meses: 8/6/2010 - 39 semanas
Data Provável do Nascimento: 14/6/2010


Mas ó: data provável de nascimento não é prazo de validade do bebê! Uma gravidez pode durar até 42 semanas (até mesmo um pouquinho mais). Na natureza nada é tão absoluto...

Tão mágica e tão comum!

Hoje mais algumas pessoas ficaram sabendo que a cegonha me presenteou. É gostoso sentir o carinho das pessoas, ver que elas ficam felizes junto com a gente. Tenho vontade de contar pra todo mundo que estou grávida. Ao mesmo tempo me parece algo tão íntimo que recolho minha vontade e fico calada. Não me importo que fiquem sabendo, só não encontro muito jeito pra contar.

Agora meus olhares ficam todos voltados as crianças e grávidas quando ando nas ruas. Observo como elas se comportam, como são as dinâmicas familiares. Apesar de ser professora, em sala de aula é tudo muito diferente. Os familiares das crianças não estão presentes. O relacionamento criança x criança é diferente do relacionamento delas com "seus" adultos. Não que a sala de aula não seja um "laboratório" interessante. Aprendo muito, todos os dias. Mas é diferente, pelos motivos que já mencionei.

Agora, sempre que vejo uma criança na rua, com ou sem suas famílias, me questiono sobre quem são, o que fazem, o que sentem. Me pergunto como vai ser me relacionar com essa pessoa. Eu sei que falta muito ainda. Que sou apressada em pensar no relacionamento com uma criança de 4, 5 anos se ainda não tenho nem um bebê nos braços. Mas os pensamentos vêm, e como é difícil controlá-los!

Hoje estou me sentindo bem melhor em relação a ontem. Menos triste, menos chorosa. Mais feliz. Mais tranquila. Preciso destacar o quanto meu marido tem sido meu companheiro! Tão cordial, tão prestativo. Hoje "obriguei-o" a acordar as 6 horas da manhã para me ajudar a fazer suco de beterraba, cenoura e laranja, rs. Ele me ajudou sem reclamar. Fico muito feliz por saber que posso contar com ele!

É assim, engravidar é, ao mesmo tempo, tão mágico e tão comum. E assim está sendo a minha vida: mágica e comum!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Flutuações hormonais?

Não sei o que está acontecendo comigo hoje, nem exatamente quais hormônios meu corpo está secretando. Só sei que estou me sentindo sensível, com vontade de chorar. Mesmo sem ninguém ter dirigido a mim nenhuma palavra que me desagradasse, estou me sentindo hostilizada, ignorada. Sei lá, é difícil explicar...

Acabei de assistir um documentário denominado "Tudo sobre a Gravidez" (no santo You Tube). Ao contrário do que imaginava, não fiquei desejando que aquelas mudanças todas e o momento do parto acontecessem comigo. As únicas vezes que senti vontade de chorar foi de medo, muito medo. Insegurança. Sensação de incapacidade.

Terei algumas semanas para me acostumar com minha nova condição. Para adaptar minha vida à nova realidade na qual a transformei. Espero que nas semanas que se seguem, o temor se dilua e a segurança comece a transbordar.

No more ideas.

domingo, 11 de outubro de 2009

Filhos: um sonho a ser realizado

Quando comecei escrever este texto, não sabia que um dos meus sonhos estava se realizando. Isto mesmo, vou ser pai. É uma alegria sem tamanho, e dedico a esta criança este texto. Meu filho ou minha filha, saiba que você foi amado(a) pelo seu pai desde o momento que soube de sua existência. Você é o meu novo incentivo de vida.

Desde meus 18 anos, comecei a sonhar com filho, mesmo sem ter nem namorada, era um projeto a ser concretizado no futuro, mas não sabia quando. Hoje, com 37 anos, ainda espero ser pai. Mas não um pai qualquer. Sim, um pai de verdade, sempre presente, um pai amigo, protetor, educador. Um pai com P maiúsculo.
A minha esposa reclama que não falo muito do assunto, mas às vezes é pra não me decepcionar comigo mesmo, pois tenho medo de ser como meu pai foi.

Tem coisas que não sou muito de querer saber, como ela que fica vendo como é parto, se é natural, se dói, estas coisas, mas me preocupo sim como vai ser, pois quero que a chegada dele ou dela seja a melhor possível. Sei que passo por uma crise tremenda, mas sei que a chegada do filho vai mudar minha vida. Depois que descobri a minha doença, parei no tempo, e por mais que eu queira, acho que desanimei um pouco da vida. Ate pouco tempo atrás, tinha medo em ter um filho, por causa da polipose, com medo dele também ter. Mas com o passar do tempo percebi que era egoísmo meu, pois morrer todos vamos um dia, quer seja doente, quer seja naturalmente, ou outros meios, e não sou Deus para saber se vai dar certo ou não.

Hoje quero muito, ate para acabar com a solidão dos momentos que fico sozinho. Será meu companheiro, alguém por quem me fazer lutar de novo. Será minha esperança de vida, pois ali estará a continuidade do que vim fazer neste planeta.

Não tenho preferência de ser menino ou menina, apesar de ser mas fácil menino, pois conversa de pai pra filho em certos assuntos é mais fácil...rs. Só quero que tenha saúde e seja feliz. Não quero que tenha a mesma profissão, que torça pelo mesmo time, que tenha a mesma visão política que a minha, mas que me ame e me respeite como pai, como amigo, como ser humano.

Tenho medo do mundo, como as coisas estão, mas no que depender de mim, vai ser um cidadão ou uma cidadã de bem, que contribui para um mundo melhor.

Nem sei mais o que escrever, antes ate imaginava com ia ser, já ate tinha escolhido os nomes, mas a mãe resolveu mudar. Então já não sei como vão se chamar, pois seria Apolo ou Ana Luisa. Mas seja como for, será muito amado.

Meu filho ou filha, seja bem vindo, apesar de não saber quando você chegará, mas saiba que será recebido com muita alegria e amor.

De seu pai.

Tudo novo

Esta nova fase da minha vida está sendo deliciosa. Não fiquei milionária, não ganhei na Mega Sena e nem o Estado e Prefeitura abriram mão das cadernetas, fichas e provas. Mesmo assim me sinto o ser humano mais feliz da face da Terra. Tem vida nova em mim, literalmente falando. Isso bom demais!

Ainda não consigo sentir nenhuma mudança física (acho que já comentei isso aqui), mas é natural, afinal, pelo que li, meu bebê tem apenas de 1 a 2 milímetros!!!! Tão pequenino e já mudou tanto a minha vida... e vem mudando desde quando ainda era apenas plano.

Estou feliz também porque o maridão, agora sim, está muito mais interessado no assunto filhos, rsrs. Ontem demos uma passadinha num magazine e, como não podia deixar de ser quando se trata de dois pais de primeira viagem, compramos três roupinhas, que se juntaram a duas que eu tinha guardadas e nem ele sabia.

Eu sei que é cedo, que ainda nem sabemos se é menino ou menina. Que o gosto da gente pode mudar. Que posso enjoar da roupa de tanto olhar. Mas a roupinha parece concretizar o que ainda é muito abstrato. Agora fico o tempo todo olhando as roupas, desarrumando-as e arrumando-as novamente e olhando o resultado do exame. Isso quando não estou pensando no bebê, sobre como será, como se comportará, com quem vai casar, kkkkkkkkkkkk. Mães são todas assim mesmo?

Estou numa sintonia nova... e isso está sendo totalmente maravilhoso.

Ah, hoje lembrei do trechinho de uma música do Teatro Mágico que já postei aqui e agora faz muito mais sentido... ela fica randômica em minha mente e preciso deixá-la registrada em algum lugar ou vou pirar, rs.

"Enquanto for um berço meu
Enquanto for um terço meu
Serás vida bem vinda
Serás viva, bem viva
Em mim"

sábado, 10 de outubro de 2009

E como está sendo?

Desde que vi duas listrinhas no teste de farmácia, um milhão de coisas se passaram em minha cabeça. Na hora, bem na horinha, eu olhava muito. Incrédula, chorava. Quanta responsabilidade a patir de agora!

Meu marido estava no quarto vendo TV. Cheguei com o teste na mão e o diálogo foi assim:
Eu (nervosa, tremento e chorando): - Olhe, dois tracinhos significa positivo.
Ele (espantado e com cara de quem não estava entendendo nada): - E o que quer dizer isso?
Eu (mais nervosa ainda): - Que eu estou grávida!

Pronto, aí foi choro dos dois. Fiquei nervosa, pensei em um monte de coisas, boas e ruins. Não imaginava que ficaria tão nervosa, não pensei que conseguiria engravidar tão rápido, não sabia que teria tanto medo e felicidade misturados.

Em seguida liguei pra minha mãe, ainda tremendo. Depois contei pra algumas pessoas próximas (geografica ou emocionalmente), pela net. Marido mandou torpedo pra uma amiga nossa e pro meu irmão.

Quinta fui fazer o exame laboratorial pra confirmar. Não queriam liberar o resultado na hora, mas com a forcinha de uma amiga fiquei sabendo o resultado em 15 minutos (como se eu já não soubesse, rsrsrsrs). Positivíssimo!

Consulta com o GO só dia 29/10. Isso pq "chorei", se não só em novembro. Pensei que isso pode até ser melhor. No começo não há nada a fazer a não ser esperar o corpo trabalhar e tomar ácido fólico. Mais uma vez, preciso confiar no meu corpo, e confiarei! Tentar relaxar (será que consigo?) e curtir...

Há muito ainda pra acontecer e não quero que as etapas sejam atropeladas. Meu grande desafio e minha futura grande conquista, acredito, será conseguir ter um parto natural e sem intervenções desnecessárias. Buscarei alcançar mais esse sonho. Vamos ver se conseguirei alcançá-lo e se poderei contar com alguém pra me ajudar a alcançar este "trunfo", que na verdade deveria ser um direito garantido a todas as mulheres e bebês. Que, um dia, seja assim!

=)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Minha primavera

É na primavera que a natureza desperta. É neste período do ano que a vida se renova, renasce. As flores ficam mais bonitas, viçosas, perfumadas. É um apelo de resgate à vida depois do inverno, época introspectiva. É o início de um novo ciclo.

A primavera desse ano me trouxe uma surpresa emocionante: assim como a natureza, eu também estou renascendo. Estou reconstruindo minha história. É na primavera de 2009 que estou me descobrindo grávida pela primeira vez.

Grávida. Grávida! Que estranho é isso. Me sinto tão frágil e ao mesmo tempo tão forte. Com tantos medos e com tanta esperança. Com tantas dúvidas e com tantas certezas.

As cólicas que senti nesses últimos dias, apesar de fraquinhas e inconstantes, me fizeram lembrar que a vida é frágil. Ao mesmo tempo, penso que preciso permitir que meu corpo trabalhe da melhor forma. Esperar que ele dê o melhor de si. Ele me surpreendeu com essa gestação e vai me dar a graça de ter em meus braços, daqui a algumas semanas, um bebezinho. O bebê que tanto esperei, desejei, planejei, sonhei...

Ao contrário do que imaginei, ainda não estou ansiosa para vê-lo. Não. É que desejo que ele curta cada momento da vida dentro do meu ventre e só quando estiver tudo pronto, prontinho, e só quando ele decidir, que venha. Assim será. Quero viver cada transformação - no meu corpo, na minha mente - aos pouquinhos, devagar... curtindo... experimentando, descobrindo.

Estou feliz, muito feliz!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Duas listrinhas...

no meu teste de farmácia!!

Deu positivo! Estou apavorada. Queria tanto e agora estou apavorada. Com medo, preocupada... enfim, se não fosse assim, não seria eu!

Nem acredito, finalmenteeeeeeeeee! \o/

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nada até agora

Nada. Na-da! Nada de menstruação até agora. Esperava pra ontem, hoje já está acabando e nada. Como sempre tive atrasos menstruais, devido a SOP, não queria criar expectativas. Mas como isso é possível? Mês passado quebrei a cara comprando teste. Fiz e deu negativo, algumas horas depois, menstruei. Não quero gastar dinheiro a toa. E temo que minha menstruação comece a ficar irregular de novo, passou quase um ano toda certinha, snif!

Vamos ver. Se ela não chegar, eu penso no que vou fazer, né?

É isso.

Nem sinal

Já é 5 de outubro e nem sinal de menstruação. Eu esperava para ontem. Mas não posso comemorar, pelo contrário... tenho medo que a SOP grude em mim de novo e limite ainda mais meus dias férteis. Minha menstruação estava tão reguladinha...

=/

domingo, 4 de outubro de 2009

Só se aprende o que se vive, né?

As crianças aprendem o que vivenciam...

Se a criança vive com críticas,
Ela aprende a condenar.
Se a criança vive com hostilidade,
Ela aprende a agredir.
Se a criança vive com zombaria,
Ela aprende a ser tímida.
Se a criança vive com humilhação,
Ela aprende a se sentir culpada.
Se a criança vive com tolerância,
Ela aprende a ser paciente.
Se a criança vive com incentivo,
Ela aprende a ser confiante.
Se a criança vive com elogios,
Ela aprende a apreciar.
Se a criança vive com retidão,
Ela aprende a ser justa.
Se a criança vive com segurança,
Ela aprende a ter fé
Se a criança vive com aprovação ,
Ela aprende a gostar de si mesma.
Se a criança vive com aceitação e amizade ,
Ela aprende a encontrar Amor no Mundo.


Poema de: Dorothy Law Nolte (preciso me certificar da autoria)

sábado, 3 de outubro de 2009

Novo ciclo

Amanhã. Amanhã, provavelmente, começo um novo ciclo da minha vida. Nada de filosofia, estou falando de um novo ciclo menstrual. Lembro que, mês passado, eu tinha certeza que estava grávida. Estava enganada, muito enganada. Dessa vez tenho esperança, mas muito, muito remota; o fato é que tenho quase certeza que vou menstruar e que não conseguirei engravidar tão cedo. Algo me diz isso, não entendo o porquê, mas tenho essa sensação. Talvez seja uma espécie de mecanismo de defesa. Pensando assim, sofro menos a cada menstruação. É esperar. Amanhã.