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sábado, 23 de abril de 2011

Finalmente: fadinha do dente

Eba!!! A fadinha do dente nos fez uma surpresa! Não quis vir sozinha, esperou a época do dentucinho pra chegar. Nos trouxeram o primeiro dentinho da minha pequena.

Ain, estou tão feliz! Mãe é bicho besta, sabe que é só esperar que dente chega, mas fica doidinha pra ver a novidade no seu filhote, ainda mais quando o tempo esperado está um pouco acima do tempo médio estimado.

O dentinho tá chegando tímido, é da arcada inferior (ela me enganou, eu esperava que fosse da superior, que desde os três meses vem dando sinal através da gengiva e até agora nadinha).

Tem coisas que a gente espera que seja de um jeito e é de outro, principalmente quando o assunto é filho. Eu achava que minha filha ia ficar "enjoadinha", que o nascimendo do primeiro dente atrapalharia seu sono. Enganei-me, estamos vivendo uma fase tranquila, de sono noturno quase ininterrupto. Imaginei que chegaria rapidamente, sem eu perceber já o encontraria aparente na boquinha; qual o que, está nascendo lentamente. Acreditei que viriam vários de uma vez, chegou sozinho. Imaginava que chegaria o de cima, veio o tradicional dentinho de baixo.

Ainda está tão pequena a parte nascida que nem é possível fotografar. Mas a gengiva está rasgadinha, senti uma pontinha ao passar o dedo. E levei uma micromordida hoje, anunciando o que pode estar por vir. Ou não. Com ou sem dentadas, estou feliz!

Ai, como é bom ser mãe!!!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O amanhã do hoje (ou o hoje de amanhã)

Eu vou sentir falta desse tempo.

Tempo em que você sorri ao me ver e chora quando vou embora (ainda que por alguns minutos).
Terei saudades dessa época em que você cabe todinha nos meus braços.
Com certeza sentirei muita falta de tua boca banguela (ainda!), dos balbucios incompreensíveis,
dos chorinhos consolados com peito e afago e até dos chorinhos inconsoláveis.

Vou me lembrar de quando minha presença é algo tão importante pra você quando comer e beber.
E as vezes minha presença é alimento mesmo, não é? Alimento pro corpo e pra alma. E vou sentir falta!

Eu já penso no futuro e choro pensando nele. Não é um choro de tristeza não. É um choro de mãe.
E choro de mãe não tem muito com o que comparar. Mas explicando assim, por alto, é um misto de orgulho, felicidade e dor, tudo ao mesmo tempo.

Não vou esquecer nunca dos teus primeiros: primeiro banho (de banheira, de balde, de piscina, de mar e de loja). Vou lembrar pra sempre do teu primeiro sorriso. E teu primeiro choro, meu primeiro segundo como mãe? É possível esquecer? Não! Nunca! Primeiras palminhas, primeiras quedas, primeiros acenos, primeiros beijinhos jogados ao ar! Ah, como é bom!

Vou fechar os olhos e lembrar como é/era bom sentir teu cheiro de nenê madrugada adentro. Olhar pro lado e ver seu rostinho inocente e despreocupado, que dorme o melhor sono do mundo. E vou lembrar de tuas mãozinhas, que procuram de um lado o papai e do outro a mamãe.

E essa euforia sem par na hora de dormir (e na hora de acordar)? De onde vem tanta energia? Será que vem do amor do qual nos nutrimos? Qual o segredo dela? Seria mamar no peito? Seria a comidinha que preparamos e oferecemos com amor e alegria? (Bocão, abre bocão cantarolado pelo papai...).

É por isso, é por tudo isso, que o poetinha cantava assim "Menininha, não cresça mais não, fique pequenininha na minha canção"*. Ele estava certo, estava coberto de razão...

Ah, menina... o mundo é grande, somos pequenos. E você? Menorzinha ainda. Pequenina, miudinha.
Olha, menina dos olhos lindos, menina dos meus olhos: você vai crescer, vai me dizer "eu já sou grande". Mas saiba que há um lugar onde você caberá pra sempre, pra sempre. Meu coração!

Eu te amo profundamente!!!

*Valsa para uma menininha, de Vinicius de Moraes.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Menina das estrelas

Menina é feita, primeiro, 
de sonhos; basta se olhar
seu olhar de quem caminha
com a pressa de chegar
ao fundo de um oco mágico
 pra onde - com seu colete, 
um relógio de corrente
e passos muito apressados-
um agitado coelho
de olhos muito vermelhos
a conduz com a certeza
de que estão sempre atrasados.

Menina, como se sabe,
não tem a força de um menino,
mas tem a enorme coragem
de se jogar, por inteiro,
no poço de seu destino.. . . 

Se eu pudesse explicar,
com uma palavra apenas,
o que um olhar de menina
nos revela, com certeza
eu diria: " Esperteza !"
Mas,
no melhor do bom sentido
e da maneira mais certa:
" Deus do céu, que coisa linda,
como a menina é esperta ! "
Menina pode deixar
mãe e pai bem assustados
sem saber notícias dela, 
pois cresce assim de repente
e escapa pela janela.

Meninas não gostam muito
é de ser contrariadas
e dão um certo trabalho
para, então se convencer
de que podem estar erradas.
E falam muito sozinhas, 
ou melhor: pensam baixinho,
sobre seu jeito de ser:
alcançam bem mais depressa 
que o resto da humanidade
 o cantinho mais remoto
do seu próprio coração.

É preciso ter cuidado
com o que se diz às meninas,
pois, como já lhes contei,
muitas vezes elas choram
por coisas bem pequeninas.
Meninas não aprenderam
ainda bem a calcular
a quantidade de lágrima
que merece cada dor.

As meninas das estrelas
às vezes acordam tristes
e perguntam a si mesmas
- como num verso longínquo
de um poeta do meu tempo
que enternecia as meninas -
por que suas mãos pequeninas
amanheceram tão frias
discordando sem querer
" das humans alegrias ."

Às vezes, elas acordam
- no dizer de gente antiga-
com o ovo atravessado
e aí não adianta briga.

Basta um pouco de cuidado,
um pouco de atenção
pra deixar que elas voltem
por sua própria decisão
sem palpite algum a dar
ao seu doce bom humor
( como elas sabem voltar ).

Texto  retirado do livro Menina das Estrelas, do Ziraldo.

9 meses

Olha nós outra vez aqui! Dessa vez pra tratar especificamente do desenvolvimento e do crescimento da minha doce pimentinha nesse último mês.

Não ela não está andando ainda (eu achava que poderia estar, mas ela prefere engatinhar quando quer percorrer "longas" distâncias). Mas já arriscou alguns passinhos, bem pouquinhos. A quantidade máxima de uma só vez foram 3. Três passinhos inseguros e lindos, com direito a uma alegria eufórica no final, linda de se ver!

Minha pequena dá tchauzinho, mostra "1 aninho", manda beijos, bate palminhas, faz "índio" (acho meio tosco dizer que aquele bu-bu-bu com a boca é "o índio", nunca vi índio nenhum fazendo isso, mas não tenho uma referência melhor). Ela chama com a mãozinha. Ela entende determinados pedidos (como quando pedimos pra ela pegar a Antônia, uma bonequinha que lhe demos). Tenta imitar sons, como o miado de um gatinho que ouviu hoje. Tão linda, tão linda!

Continua seletiva com relação à comida, faz bico sem querer provar o alimento. Experimenta primeiro pra ver se gosta. E ama mandioquinha, pra tristeza do nosso bolso, porque mandioquinha aqui na nossa cidade é cara e rara! Ou alguém acha baratinho pagar 19 reais em 1kg de mandioquinha?

Seu sono... bem, esse é um capítulo à parte. Tem dormido e acordado cada vez mais tarde e isso me preocupa muito. Acorda muitas vezes durante à noite, especialmente se não está conosco na cama. Sabe, eu amo ter minha pequena bem pertinho de mim durante a noite, mas puxa vida, eu queria tanto dar um descanso à minha coluna e aos meus ombros. Bem, pelo menos na cama ela dorme mais horas seguidas, ufa! Meu alento (ou desalento) é saber que ela vai crescer, não vai ser meu bebezinho pra sempre. Logo aprende a dormir a noite inteira. Vai chegar um tempo que, difícil mesmo, será fazê-la sair da caminha quentinha, hehe!

Agora falta bem menos para que ela chegue ao seu primeiro aninho. Ai, que emoção! É como se o tempo estivesse rápido e devagar ao mesmo tempo, não sei explicar. Só sei dizer que são os 10 meses mais loucos e apaixonantes da minha vida.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Esse silêncio

Não é um silêncio de falta de inspiração. É de excesso dela! Tenho uma filha linda e perfeita e me pego pensando várias vezes por dia em vários assuntos diferentes. Em alguns momentos tenho plena convicção em concordar com determinado assunto, depois acho que as coisas não são bem assim. Mas sempre penso "eu poderia registrar minha opinião sobre isso lá no blog". Depois a mente divaga, me perco, esqueço. E o assunto fica sem o merecido registro.

Isis me vez ter uma visão diferente sobre a vida. Cada situação que acontece no mundo me faz pensar nas mães e nos filhos envolvidos. No sofrimento ou na felicidade deles. E cada bebê ou criança que eu vejo nas ruas me remetem a minha vida com ela ao mesmo tempo que me faz pensar em como será que eles vivem.

Sempre que minha filha aprende algo lindo ou tem um comportamento que eu não gostaria fico pensando "será que é assim com todo mundo?". Ou pior ainda: "será que isso é normal?". Tenho uma necessidade impressionante de normalidade e não acho isso nada legal. Por que? Porque os parâmetros de normalidade são diferentes pra cada pessoa e cultura.

Minha filha dança fofamente, bate palmas, dá tchauzinho e mais uma porção de coisas cutis que mostram que ela entende bem a função da linguagem que usamos com ela. é esperta, observadora tudibão! Mas custa pra dormir! Ai, como custa! Dorme muito pouquinho de dia, quase nada. E acorda inúmeras vezes por dia. e é assim que surge a pergunta "isso é normal?".

Se é ou não talvez eu nunca descubra. E talvez alguns achem normalíssimo, outros podem achar absurdo. O fato é que ela é assim, é desde que nasceu, não mudou diante de absolutamente nada que eu fizesse. O que eu fiz? Tentei me adaptar. Pronto, foi essa a solução.

Falando em adaptação, a enfermeira que veio me "ensinar" a amamentar no dia seguinte ao nascimento de Isis chegou dizendo, em tom imperativo, que minha filha deveria se adaptar a minha rotina e não eu a dela. Eu, tolinha, acreditei e me esforcei tanto, tentei tanto. Que bobagem a minha. Descobri que ser mãe nem é se adaptar a rotina do bebê e nem fazê-lo adaptar-se à nossa. É criar, juntos, uma nova rotina, uma nova vida, que seja a melhor possível pra família inteira. E depois que entendi isso nossa vida melhorou muito!