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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Organizando gavetas

Começo de ano a gente se enche de vigor e encontra tempo e disposição não sei onde pra reorganizar a vida. Desde que a filhota chegou por aqui, a minha vida tem ela como foco. Portanto, é fácil imaginar que o alvo da organização de começo de ano foram suas gavetas.

Minha pequena andou ganhando novas pecinhas de roupa no final do ano passado e havia várias que não lhe serviam mais e que estavam ocupando espaço. Providencialmente tudo que temos pra guardar suas roupinhas e outros pertences é uma cômoda. Qualquer excesso atrapalha, deixa tudo desorganizado e pouco funcional.

Retirei tudo o que havia nas gavetas, tudo mesmo. Calçados, tiaras, meias, roupas. Fui separando o que servia do que já não cabia mais nela. A cada peça que separava pra doação (esse será o destino do que não serve mais) eu lembrava das histórias que ela contava.

Lembrava do dia que comprei uma jardineira azul xadrez quando ainda nem sabia se gestava um menino ou uma menina. E lembrava que ela usou aquela roupinha quando completou 1 mês de vida. Quando separei o "uniforme" do Corinthians (um pagãozinho, na realidade) lembrava que esse fora o presente do papai pro nosso bebê no Natal de 2009 - que ainda estava na barriga. E lembrava também do dia dos pais, agosto passado, dia no qual a pequena usou aquela roupinha. E que a minha torcedora pé quente "assistiu" a uma vitória do Timão (o papai fala que nosso erro foi não ter vestido ela com aquela roupinha em todos os jogos do campeonato). E cada peça com sua lembrança, foram todas devidamente separadas.

Há, claro, aquelas peças especiais, das quais não consigo me desapegar e nem sei se quero. Nessa arrumação encontrei no fundo da gaveta a tiara e o sapatinho de crochê delicadíssimo que Isis usou pra sair da maternidade. Me deu uma saudade da minha pequena rosadinha, de quando ela inteirinha cabia em um só dos meus braços. Encontrei também um pagãozinho que foi meu (sim, usado por mim quando era bebê) e que tive o prazer de usar na minha filha. Foi costurado e bordado por minha mãe e minha avó.

Organizar essas gavetas foi um ato simbólico. Bebês crescem e se desenvolvem muito, muito rápido. Quando procuramos, cadê o nosso pequenino? Cresceu! Retirar peças da minha recém-nascida e dar espaço pras roupinhas de uma bebê crescidinha foi também me deparar com essa realidade. Minha filha está crescendo em uma velocidade vertiginosa.

Muitas arrumações virão, especialmente nos seus primeiros anos de vida. Será necessário porque crescer é necessário. Eu tenho uma dificuldade imensa de lidar com mudanças e posso assegurar que filhos são uma ótima forma de aprender. Porque eles mudam o tempo todo, têm mais fases do que a Lua. Aquele bebê pequenino e molinho é uma menina serelepe que já engatinha e fica em pé. E que logo estará tagarelando e correndo e eu terei saudades do agora.

Abrir espaço nas gavetas para novas etapas é preciso. E abrir espaço no coração também. Caso contrário as coisas se desorganizam, ficam tumultuadas. Um ciclo vai se fechando e outro começando. Não tão organizadamente assim, porque a vida não espera uma etapa se encerrar para outra começar. As coisas vão acontecendo, as situações se sucedem. É preciso começar a aceitar a ideia de que, cada dia mais, ela vai se tornando mais ela e menos eu.

Ainda há uma dependência forte, claro (ela acaba de completar 7 meses e está começando a entender que não somos uma só; isso causa nos bebês um fenômeno conhecido como ansiedade da separação). Ela chora pelo simples fato de eu afastar-me um pouco dela, mesmo ela mantendo contato visual comigo. Cismou que precisa ficar coladinha - afinal ela não entende que eu vou, mas eu volto! É desgastante sim, é cansativo sim! Mas é parte do processo e está incluído no pacote "ser mãe". Ah, e o sorrisão de "ufa, ela voltou, não me abandonou, alarme falso", gente, não tem preço!

Óbvio que na hora em que preciso fazer qualquer coisa que necessite do uso de minhas duas mãos eu fico um pouco aborrecida se ela não quer outra opção que não seja meus braços. No entanto, preciso lembrar que "passa já". E que logo estarei arrumando novamente as gavetas e cedendo espaço pra uma nova menina, que não caberá mais dentro das roupas que hoje habitam sua cômoda e que muitas vezes negará meu colo, querendo mesmo é correr com suas próprias pernocas... e sentirei saudades de hoje.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Um certo casulinho - ou do respeito às preferências

"Desde antes de engravidar, quando ainda estava planejando, busquei informações sobre o que há de melhor e diferente para se criar um bebê. Foi nessa busca que descobri 'um tal de sling', um pano pra carregar bebês juntinho do corpo. A idéia me pareceu excelente, afinal sempre via fotos de pessoas de culturas diferentes do mundo afora, de hoje e de ontem, usando algo parecido. Então devia ser algo muito bom, repleto de benefícios. Eu não sabia, porém, que era possível encontrar e adquirir um vindo de tão perto.

Logo que me descobri grávida, antes mesmo de saber se gestava um menino ou uma menina, corri para encomendar o meu (nosso) sling. Nessa ocasião já havia lido que o produto precisa ser de boa qualidade, utilizar tecidos confortáveis, ter costura reforçada e, no caso de sling de argola – que foi o que escolhi – essa também precisa obedecer a alguns critérios para ser confiável. Soube que em Recife havia uma fabricante do produto e guardei o nome Casulinho, da Mariana. Foi a ela que fiz minha encomenda, eufórica, com cerca de 20 semanas de gestação.

Quando minha filha nasceu ela chorava muito. Sei que recém nascidos choram, mas ela chorava acima da média. Fiquei insegura de usar meu casulinho, mesmo sabendo que ele podia ajudá-la a sentir-se mais segura. Mas ela era tão inquieta, calorenta e chorava tanto...

 Quando ela estava com aproximadamente 15 dias de nascida, decidi usar pela primeira vez. Foi um desastre! A posição indicada para bebês pequenos era a que ela mais ficava desconfortável (ela simplesmente detestava a ideia de ficar 'como um bebê', deitada no colo).

Confesso que fiquei frustrada e muito chateada. Chateada comigo mesma, por não ter tentado usar antes. Chateada com o comportamento dela, com a não aceitação. Mas mesmo assim continuei insistindo, sempre sem êxito.

Quando a pequena Isis completou 3 meses de vida, lembrei que havia uma posição na qual o bebê fica voltado para frente, vendo o mundo (essa sim era a forma como ela gostava de ficar desde muito pequenina). Apesar de pouco crédula, tentei usar mais uma vez.

Surpresa! Deu certo! Pela primeira vez pude estar com a minha filhota no colo e, ao mesmo tempo, ter as mãos livres! Ela ainda ficava um pouco aborrecida , especialmente se eu ficasse em um lugar quente e monótono. Pensando bem, acho que ela está certa, não é mesmo? Mas aí experimentei sair de casa com ela usando o sling. Foi tudo de bom! Fomos a um supermercado e eu tinha mãos livres para carregar os pacotes no final.

Depois que ela ficou mais crescida, passei a usar o sling na posição barriga com barriga. Como ela está maiorzinha já consegue ver tudo o que quiser por cima dos meus ombros ou girando a cabeça para onde lhe chame a atenção (ela é muito curiosa e observadora). Hoje fomos passear na pracinha. E adivinhem quem foi nosso companheiro (além do papai)? O sling, o casulinho preparado pela Mariana com muito carinho pra nós. Valeu e ainda vale MUITO a pena! Só tenho a agradecer, viu, Mari?
 
PS: Eu experimentei colocá-la deitada 'de nenê' no sling. É, ela não gostou muito não. Chorou um monte! Preferências são preferências, não é verdade? Bem, vou respeitar a opinião dela, afinal me sobram outras muitas opções de uso do nosso babywearing!"

Gente, preparei esse depoimento pra Mariana postar no blog da Casulinho, onde ela divulga seu trabalho. Quem quiser escolher o seu, repito: vale muito a pena. Não comentei nesse depoimento, mas pegar ônibus (não tenho carro) com ela ficou bem mais fácil! E tem muitos outros benefícios, basta dar uma vasculhada no blog da Casulinho e em outras boas fontes da net que facilmente encontramos bons motivos pra usar.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

6 meses

Nossa, ela na verdade está com quase 7! Eu fico esperando a bendita consulta pediátrica pra poder registrar peso e altura da filhota, mas a médica resolveu tirar uns dias de descanso na primeira semana de janeiro precisou ausentar-se na semana para a qual estava marcada a consulta e esta só acontecerá daqui a dois dias. Mas sei lá, não quis esperar e preferi começar o registro, vai que ela adia a consulta de novo? Depois atualizo com um update no final da postagem.

Bem, mês mais que especial. É um marco, né? Afinal a partir do sexto mês o bebê costuma começar a alimentar-se não apenas de leite (no meu caso, meu próprio leite, a própria PPG, hehehe). Essa parte do desenvolvimento dela está passinho pra frente, passinho pra trás. Um dia ela come super mal, no outro come melhor. O fato é que aceita provar de tudo que eu ofereço, faz umas caretinhas, abre bocão pras primeiras colheradas, mas... fica enrolando pra comer depois de comer umas 4 ou 5 colheres (daquelas de bebês). Mas estamos indo, devagar e sempre. Felizmente ela adora água (importante no calorão que faz em minha cidade), mas engasga toda vez que bebe, tão afoita que é. Ah, ela continua mamando muito, em livre demanda.

Minha pequena aprendeu tanta coisa! Ela mal parava sentada há um mês. Agora, além de sentar sozinha, engatinha com "fluência" e já fica em pé sozinha. E foi no finalzinho do ano passado que ela aprendeu, hein? Não deu pra falar no assunto antes porque o post anterior era muito específico, falava no nosso primeiro ano novo. Um dia assim, do nada, eu coloquei-a no bercinho de apoio e ela - pluft - ficou de pé. A câmera estava pertinho e eu registrei! =)

A novidade mais recente é a "fala" dela, hehe. Antes ela "dizia" umas coisas não muito inteligíveis/intencionais. Agora - que lindo - ela fala mamamamã. Claro, quando está chorando, né? Pela minha conversa com outras mães de bebês com a mesma idade dela é bastante comum a gurizada só chamar a mamamamã na hora do desespero. Ela fala nessas horas um nenenenê também. É tipo um "mamãe, socorro, salva o nenê". Coisa mais linda! Confesso que algumas vezes já demorei um pouquinho mais pra "acudi-la" só pra ouvi-la falar o dialeto dela. Ah, pro papai não ficar com ciúmes ela também fala um papapapá. Geralmente quando acorda e está de bom humor. É mole?

Ela é super esperta. Né porque é minha filha não, viu? Mas faz tanta coisinha linda! Quando ela fica em pé (ela tenta escalar tudo que tenha apoio pra mãozinha dela), agora, ela tenta levar na mão um brinquedo. Posso? As vezes consegue. E fica em pé, com as mãos no brinquedo e apoiada pelos braços. É ou não é espertíssima? Brincar com dois brinquedos ao mesmo tempo? Passar de uma mão pra outra? Ih, isso ela já faz há tempos, desde o final do quinto mês! =)

Como li num desses blogs de mãe, não é fácil ser anjo da guarda! Sim, porque aqui em casa está aberta a temporada dos galinhos na cabeça. Ô dó! Hoje ela tombou numas dessas aventuras e bateu com a cabeça na parede. Não foi a primeira vez que se caiu, mas que apareceu um galo foi sim. Choro de nenê sara com carinho e peito. Coloquei um gelinho pra aliviar a dor e reduzir um possível edema. Claro que a gente fica com o coração na mão, pensa mil coisas. Mas respira e confia que está tudo bem.

Sabe, ela é destemida e auto-confiante (tem hífen?) pra valer! Ela não tem medo de cair. Aliás, não é que a garota sabe cair com classe (a maioria das vezes)? Algumas vezes que ela percebe que vai cair e amacia a queda, protegendo-se do impacto na cabeça. Falando bonitinho assim parece uma manobra de atleta (é quase, rs), mas na prática é mais simples (afinal ela é um bebê de 6 meses e 24 dias e consegue fazer).

Incrível como um mês de um bebê é cheio de marcos e coisas diferentes (enquanto o de um adulto pode ser monótono e sem graça, hehe). Cada dia uma novidade. Eu vou aprendendo junto, redescobrindo a vida. As páginas do livro da minha vida estão cada dia mais coloridas. Esse livro, é bem verdade, vai ficando também com "orelhas", alguns rabiscos, umas páginas até um pouco rasgadas. Mas não é que o saldo está valendo a pena?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Reveillon - Nasceu 2011

Eu tinha dúvidas sobre como seria o primeiro reveillon com minha pequena fora da barriga. Eu achava, antes de ser mãe, que bebê dormia e acordava na hora que a mamãe queria/precisava. Tive 6 meses e uns dias antes do término do ano pra descobrir que não, não é bem assim! É tudo bem diferente, como tinha de ser, é claro: bebê dorme e acorda quando tem vontade, simples assim. Ou não tão simples, afinal, como todas as outras coisas da vida de um bebê, ele está em fase de aprendizagem. E está aprendendo a dormir também.

Descoberta feita, percebei que seria "arriscado" querer ir para longe de casa num dia onde todas as pessoas esperam dar meia noite - bem tarde pra hora que minha bebê costuma dormir -, principalmente indo para um lugar onde não haveria um espaço para acomodá-la no caso do sono chegar (é assim na casa da minha mãe, onde provavelmente eu iria). "Arriscado" porque ela fica bem enjoadinha quando o sono bate. E esse bate as vezes quase parece literal de tanto que ela é capaz de chorar se não for "colocada" pra dormir.

Confesso que fiquei bem triste por saber que não ia estar junto de outras pessoas queridas nesse dia tão marcante, que tanto gosto de festejar. Cheguei a chorar até. Depois resolvi desencanar e planejar como seria esse dia e essa noite. Fazia questão que fosse especial, mesmo que simples. Íamos passar nós três, juntos, a virada de ano 2010/2011, a primeira da Isis fora da barriga. Íamos...

Acontece que, para nossa grata surpresa, minha cunhada, irmã mais velha do maridão, resolveu vir passar conosco o final de semana. Fiquei apreensiva por alguns minutos, pensando se tudo funcionaria legal , medo (ai, coisa crônica que me acompanha) de algo sair do controle no dia ohmeudeus, o que poderia sair do controle????). Mas essa apreensão durou pouco, muito pouco. Passei a acreditar que tudo seria perfeito, que tudo daria certo e seria lindo.

Dias antes do 31 de dezembro conversei muito com a minha pequena, explicando que quando ele, o 31, chegasse, seria um dia especial e diferente. O último dia do ano que ela nasceu. E que chegaria um ano novinho, mais novinho do que ela. Fui falando como seria legal conhecer a titia que mora longe, dizendo que nesse dia as pessoas ficam tão entusiasmadas que soltam fogos - todas ao mesmo tempo, à meia-noite. E eles fazem um barulhão, um "bum!" bem alto. Ela achava engraçado a minha onomatopeia e ria.

Dia 31 chegou, a titia também. Nós 4 jantamos (eu, a pequena, papai e a titia da pequena) - na verdade nós 3, Isis só olhava, ainda que abrindo a boquinha vez em quando e fazendo "a". Jantar gostoso, feito por mim com carinho. Minha pequena tranquila, muito tranquila. Fiquei espantada, minha pequena é muito apegada à sua hora de dormir, mas ela veio e foi-se sem que Isis se interessasse por ela. Parecia querer curtir a chegada da titia. Tudo bem, mas por via das dúvidas deixei tudo pronto para quando ela sentisse vontade de dormir.

Depois que jantamos e batemos um papo, meu irmão ligou. É, o pai da minha sobrinha linda. Disse que não sabia que estávamos em casa e que, nesse caso, estava(m) à caminho. Minutos depois chega a miss fofinha da titia com minha cunhada e irmão. Isis e a priminha brincaram muito! E cadê mesmo o sono da Isis? Adiado mais um pouquinho.

O clima em casa estava delicioso, conversa sendo jogada fora, animada. Crianças sorrindo, muita luz nas portas de todos os vizinhos. A hora passando e chegou meia noite, mas não na minha cidade, que não participa do horário de verão. A partir daí comecei a torcer para que a pequena conseguisse manter-se acordada, sorridente e serena como estava pra esperar o ano acabar.

O sono começou a pegar no pé dela, mas de mansinho. Minha bebê linda não ficou nervosa, agitada. Estava muito tranquila, parecia que previa que algo muito bom estava pra acontecer, e que merecia investir um pouco do seu descanso em favor desse momento. Agora faltava pouco pro novo ano chegar, uns 15 minutinhos. E cada vez menos.

Na porta de casa, esperávamos ele chegar. E ele chegou, 2011 chegou. Muito festejado, como todos os seus irmãos passados. Minha boneca ficou impressionada com o que via e ouvia. Fogos colorindo o céu e fazendo muito barulho. Ficou um pouco receosa, me olhou apreensiva, me apertou mais forte e eu dizia "são os fogos, filha, lembra? "bum!"". Ela esboçava um sorriso, mas faço ideia do quanto aquilo deve ter parecido grandioso pra ela. Porém, uma coisa é certa: ela percebeu a minha felicidade e também estava muito feliz!

Após o tilintar das taças, fui organizar o banho da pequena. O melhor da festa é esperar por ela, não é mesmo? A nossa foi mais que perfeita, muito mais do que eu podia imaginar! Mas era preciso ajudar a minha filhota a dormir, não abusar da sorte e nem deixá-la cansadinha demais. Fui rapidíssima preparando o banho, mas eis que para minha surpresa again, Isis já havia adormecido. Sim, dormiu sem ser embalada, sem mamar, sem chorar. Ela devia estar tão extasiada quando eu. Por isso dormiu lindamente no colinho do papai. Assim, "porquinha" mesmo, troquei sua roupinha e coloquei-a pra dormir. Uma noite linda e tranquila de sono, interrompida apenas por uma mamada - ela estava com fome, coitadinha. E pronto, lindo soninho, tranquilo, pacífico e cansado.

Aprendi algumas coisas com essa passagem de ano: que nem sempre é preciso planejar para que as coisas deem certo. Que as coisas mais maravilhosas da vida são as mais simples. Que quando pessoas que amamos estão do nosso lado qualquer momento é especial. Que felicidade e alegria são contagiantes.

Depois disso tudo, descobri que a palavra reveillon tem um significado muito lindo. Vem de um verbo francês (réveiller) que traduzido para o português quer dizer despertar. Foi exatamente isso que aconteceu comigo nessa passagem de ano: um despertar. Uma certeza tão grande e uma convicção tão forte de que tudo vai ser ainda mais feliz e dará tão, tão certo. Não tenho um óculos cor-de-rosa pra achar que não haverá dificuldades, eu sei que elas chegarão. Mas minha atitude diante delas é outra, já é outra, mudei!

O grande marco da mudança da minha vida chama-se Isis. Posso dividir a minha vida em antes e depois de ser mãe. Já há mais de um ano ela é presente em minha vida, há mais de 6 presencialmente e fora da barriga. Cada vez menos dependente fisicamente, mas cada dia mais apegada a mim e eu a ela. Chega a doer o amor que sinto, chega a me emocionar enquanto escrevo. Não é fácil, mas é tão bom, tão forte!

É, filha amada... descobri que minha virada de ano, meu reveillon, meu despertar... é você! Te amo profundamente! Feliz 2011 para nós!