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terça-feira, 1 de junho de 2010

Junho chegou...

A chegada da primavera foi perceptível: um lindo sol, dias frescos e ventilados... foi a época que minha filha escolheu pra chegar no meu ventre. Inesquecível a primavera de 2009.

O tempo passou, chega junho. Em breve chega também o inverno. Os dias frios não chegam na minha cidade, pois estamos significativamente próximos à linha do Equador. O tempo está quente, mas os dias têm amanhecido nublados, alguns até chuvosos. As vezes, porém, o sol se sustenta com temperaturas que ultrapassam facilmente os 30º!

O finzinho da minha gestação está como a chegada desse inverno, sabe? Chega meio sem querer chegar, como quem tenta se preparar melhor. Ou como quem nem tenta, como quem não se preocupa com essa coisa de calendário. Quem disse que o inverno tem que chegar em tal dia de tal mês? E quem disse que tem que ser assim como um bebê que se aproxima.

Não é! Com nenhum dos dois casos! É natureza, e natureza a gente não controla. No máximo tenta administrar, entender. Mas é ela quem manda.

Estou muito inquieta. Não sei se já comentei aqui, mas minha ansiedade não é para que minha amada primogênita chegue. Eu deixo o dia e a hora por conta dela. Minha agonia é por não poder determinar o quando e o como isso irá acontecer.

Não me arrependo da minha escolha, de desejar um parto normal e o mais humanizado quanto seja possível. Mas essa escolha está sendo um desafio à necessidade que tenho de exercer controle sobre tudo na minha vida. Parece que, se eu não domino e prevejo cada segundo do que acontecerá as coisas me dominarão e não o contrário.

Ficar pensando nisso está me fazendo sofrer, me trazendo uma angústia indescritível. Preciso parar de tentar racionalizar sobre tudo, acabar com essa coisa de planejar absolutamente tudo. E aprender a relaxar, a me entregar mais ao momento, a deixar as coisas acontecerem, se construírem... deixar de ser controladora deve ser um bom exercício para a maternidade, né?

Quero conseguir me entregar mais, pensar menos. Já li bastante, já me informei, busquei ajuda (e encontrei  muitos ombros - e olhos e dedos/via net - solidários). Por que então ser tão implicante? Pra que querer tanto controlar tudo? Quero respirar, pisar na areia da praia, dormir, relaxar. Quero me encontrar pra poder encontrar-me, em breve, com a minha pequenina...

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