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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Um certo casulinho - ou do respeito às preferências

"Desde antes de engravidar, quando ainda estava planejando, busquei informações sobre o que há de melhor e diferente para se criar um bebê. Foi nessa busca que descobri 'um tal de sling', um pano pra carregar bebês juntinho do corpo. A idéia me pareceu excelente, afinal sempre via fotos de pessoas de culturas diferentes do mundo afora, de hoje e de ontem, usando algo parecido. Então devia ser algo muito bom, repleto de benefícios. Eu não sabia, porém, que era possível encontrar e adquirir um vindo de tão perto.

Logo que me descobri grávida, antes mesmo de saber se gestava um menino ou uma menina, corri para encomendar o meu (nosso) sling. Nessa ocasião já havia lido que o produto precisa ser de boa qualidade, utilizar tecidos confortáveis, ter costura reforçada e, no caso de sling de argola – que foi o que escolhi – essa também precisa obedecer a alguns critérios para ser confiável. Soube que em Recife havia uma fabricante do produto e guardei o nome Casulinho, da Mariana. Foi a ela que fiz minha encomenda, eufórica, com cerca de 20 semanas de gestação.

Quando minha filha nasceu ela chorava muito. Sei que recém nascidos choram, mas ela chorava acima da média. Fiquei insegura de usar meu casulinho, mesmo sabendo que ele podia ajudá-la a sentir-se mais segura. Mas ela era tão inquieta, calorenta e chorava tanto...

 Quando ela estava com aproximadamente 15 dias de nascida, decidi usar pela primeira vez. Foi um desastre! A posição indicada para bebês pequenos era a que ela mais ficava desconfortável (ela simplesmente detestava a ideia de ficar 'como um bebê', deitada no colo).

Confesso que fiquei frustrada e muito chateada. Chateada comigo mesma, por não ter tentado usar antes. Chateada com o comportamento dela, com a não aceitação. Mas mesmo assim continuei insistindo, sempre sem êxito.

Quando a pequena Isis completou 3 meses de vida, lembrei que havia uma posição na qual o bebê fica voltado para frente, vendo o mundo (essa sim era a forma como ela gostava de ficar desde muito pequenina). Apesar de pouco crédula, tentei usar mais uma vez.

Surpresa! Deu certo! Pela primeira vez pude estar com a minha filhota no colo e, ao mesmo tempo, ter as mãos livres! Ela ainda ficava um pouco aborrecida , especialmente se eu ficasse em um lugar quente e monótono. Pensando bem, acho que ela está certa, não é mesmo? Mas aí experimentei sair de casa com ela usando o sling. Foi tudo de bom! Fomos a um supermercado e eu tinha mãos livres para carregar os pacotes no final.

Depois que ela ficou mais crescida, passei a usar o sling na posição barriga com barriga. Como ela está maiorzinha já consegue ver tudo o que quiser por cima dos meus ombros ou girando a cabeça para onde lhe chame a atenção (ela é muito curiosa e observadora). Hoje fomos passear na pracinha. E adivinhem quem foi nosso companheiro (além do papai)? O sling, o casulinho preparado pela Mariana com muito carinho pra nós. Valeu e ainda vale MUITO a pena! Só tenho a agradecer, viu, Mari?
 
PS: Eu experimentei colocá-la deitada 'de nenê' no sling. É, ela não gostou muito não. Chorou um monte! Preferências são preferências, não é verdade? Bem, vou respeitar a opinião dela, afinal me sobram outras muitas opções de uso do nosso babywearing!"

Gente, preparei esse depoimento pra Mariana postar no blog da Casulinho, onde ela divulga seu trabalho. Quem quiser escolher o seu, repito: vale muito a pena. Não comentei nesse depoimento, mas pegar ônibus (não tenho carro) com ela ficou bem mais fácil! E tem muitos outros benefícios, basta dar uma vasculhada no blog da Casulinho e em outras boas fontes da net que facilmente encontramos bons motivos pra usar.

Um comentário:

Liliane disse...

Tira uma foto e mostra pra gente, rs.
Pidona né? rs
Bjus