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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sabe o tempo?

Mesmo quando a gente não quer, ele passa. E ele passa assim: 30 segundos são 30 segundos, 30 minutos são 30 minutos. E 30 anos são 30 anos. E mesmo quando a gente quer que ele passe mais rápido, não adianta, ele não passa.

Mesmo que a gente queira muito que o tempo passe pra gente ver logo os filhos sentando/andando/correndo, ou para que aquela fase difícil passe. Mesmo que a gente queira que o tempo pare pra gente curtir os primeiros sorrisos, gargalhadas, gritinhos, a descoberta das mãozinhas ou dos pés. O tempo é irredutível. Ele passa, mas passa do jeito dele, assim, meio que contrariando a nossa vontade.

Claro, existem ocasiões e situações que nos fazem pensar que o tempo passou mais depressa ou lentamente do que o que esperávamos. Isso, como diz aquele comercial sobre doação de órgãos, isso mesmo! Mas na real o tempo é o que fazemos dele.

Desde quando minha pequena morava do lado de dentro da minha barriga eu quis aproveitar cada momento. Claro que dá vontade de conhecer o bebê quando ele está no nosso ventre, dá sim. Mas eu colocava a vontade no bolso e curtia cada momento, pelo menos depois que passou o primeiro trimestre. Pois é, eu odiei o primeiro trimestre da minha gestação (muita insegurança, vixe). E ele passou. Eu amei todo o restante da minha gestação. E ela passou.

Eu sofri com o primeiro mês de vida da Isis. Nossa, como foi difícil. De repente um serzinho novo, cheio de personalidade, de necessidades e totalmente dependente de mim. E sem saber falar, sem saber me dizer o que queria ou sentia. Puxa, é muito difícil! Eu pensava, "passa logo, tempo, acaba, primeiro mês". Mas o tempo não me obedeceu, ele passou, mas passou assim, com 30 dias e pronto. Cada dia com suas 24 horas. Cada hora com seus 60 minutos.

E passaram-se mais (quase) três meses. E minha filha completará domingo 4 meses. 1/3 de um ano! Passou. Eu queria que os três primeiros meses passassem rápido, por acreditar serem os mais difíceis para os recém nascidos (o bebê e a mamãe recém nascidos, que fique claro). Mas o tempo, teimoso, passou no tempo dele.

Agora que minha nenê já sabe fazer um monte de coisas lindas, e sorri pra mim, dá gritinhos e gargalhadas, eu sinto vontade que o tempo pare, congele, estacione. Mas isso é impossível. Os meses vão passar com seus 30, 31 dias (ou 28, 29, hehehe).

O que vale? O que vale é o presente. É o agora. É o momento. Isso é tudo que temos. O que passou virou saudades. E eu sinto saudades da minha barriga gigante, carinha inchada da minha Isis, ah sinto! Tanta, mas tanta saudade que as lágrimas me vêm aos olhos só de lembrar. E eu sei que vou sentir saudades da minha bebê que chora, que ri, que mama, que dorme agarradinha comigo. Eu sei, eu sei.

Mas e adianta eu sofrer porque o tempo vai passar? Parece que não, né? Preciso curtir cada segundo da vidinha da minha filha, os avanços dela e até a dependência dela. Esse é o meu presente (entenda-se presente aqui com dois significados). Vou aproveitar seu cheirinho, seu chorinho, sua baba, as mamadas, o acordar ao seu lado fazendo folia, suas fraldas pra trocar, seu sorriso lindo, lindo, lindo.

O que passou não volta. O que ainda não veio, nem existe! Eu vou é curtir meu presente: o presente!

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