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quinta-feira, 21 de abril de 2011

O amanhã do hoje (ou o hoje de amanhã)

Eu vou sentir falta desse tempo.

Tempo em que você sorri ao me ver e chora quando vou embora (ainda que por alguns minutos).
Terei saudades dessa época em que você cabe todinha nos meus braços.
Com certeza sentirei muita falta de tua boca banguela (ainda!), dos balbucios incompreensíveis,
dos chorinhos consolados com peito e afago e até dos chorinhos inconsoláveis.

Vou me lembrar de quando minha presença é algo tão importante pra você quando comer e beber.
E as vezes minha presença é alimento mesmo, não é? Alimento pro corpo e pra alma. E vou sentir falta!

Eu já penso no futuro e choro pensando nele. Não é um choro de tristeza não. É um choro de mãe.
E choro de mãe não tem muito com o que comparar. Mas explicando assim, por alto, é um misto de orgulho, felicidade e dor, tudo ao mesmo tempo.

Não vou esquecer nunca dos teus primeiros: primeiro banho (de banheira, de balde, de piscina, de mar e de loja). Vou lembrar pra sempre do teu primeiro sorriso. E teu primeiro choro, meu primeiro segundo como mãe? É possível esquecer? Não! Nunca! Primeiras palminhas, primeiras quedas, primeiros acenos, primeiros beijinhos jogados ao ar! Ah, como é bom!

Vou fechar os olhos e lembrar como é/era bom sentir teu cheiro de nenê madrugada adentro. Olhar pro lado e ver seu rostinho inocente e despreocupado, que dorme o melhor sono do mundo. E vou lembrar de tuas mãozinhas, que procuram de um lado o papai e do outro a mamãe.

E essa euforia sem par na hora de dormir (e na hora de acordar)? De onde vem tanta energia? Será que vem do amor do qual nos nutrimos? Qual o segredo dela? Seria mamar no peito? Seria a comidinha que preparamos e oferecemos com amor e alegria? (Bocão, abre bocão cantarolado pelo papai...).

É por isso, é por tudo isso, que o poetinha cantava assim "Menininha, não cresça mais não, fique pequenininha na minha canção"*. Ele estava certo, estava coberto de razão...

Ah, menina... o mundo é grande, somos pequenos. E você? Menorzinha ainda. Pequenina, miudinha.
Olha, menina dos olhos lindos, menina dos meus olhos: você vai crescer, vai me dizer "eu já sou grande". Mas saiba que há um lugar onde você caberá pra sempre, pra sempre. Meu coração!

Eu te amo profundamente!!!

*Valsa para uma menininha, de Vinicius de Moraes.

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