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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Eu digo basta, e você?


Confesso que estou com bastante sono, mas não poderia ignorar determinados fatos e perder a oportunidade de defender minha condição de lactante (e da minha filha como lactente). Desde que a antropóloga Marina Brandão foi impedida de amamentar no Itau Cultural, no começo de maio e que a jornalista Kalu Brum teve uma foto excluída do seu facebook (foto na qual estava amamentando), sucedeu-se uma série de protestos contra a hipocrisia de quem torce a cara pra mãe que amamenta, mas ignora a exibição gratuita de peitos com a finalidade de vender cerveja e coisificar a mulherada. Junto com o protesto, veio mais machismo e misogenia. Diversos jornalistas se posicionaram contra a maneira de protestar, fizeram pouco caso e mesmo zombaram dos atos realizados e do corpo feminino.

Eu não posso aceitar preconceito disfarçado de piada. Não posso ser conivente com falta de respeito e demonstração de ignorância. Não posso fingir que não é comigo, não posso deixar de tomar partido. Sou mamífera, amamento e tenho muito orgulho disso!

Amamentar é cuidar de um ser indefeso, nutrir com o melhor alimento que há no mundo para um bebê e atender as necessidades emocionais na mesma medida. E bebê não tem relógio no estômago, nem entende que ali ou aqui tem muita gente olhando, ele tem necessidades que precisam ser atendidas de imediato (e quanto mais novo o bebê, mais urgente a necessidade). Amamentar, sob meu ponto de vista, é um dos mais fortes atos de entrega e formação de vínculo que se pode oferecer. Não quero e não vou negar a minha filha esse direito só porque tem gente olhando.

Para entender melhor, é só dar uma olhadinha aqui.

Um comentário:

Unknown disse...

Engraçado que provalvemente querendo ou não esse povo que é contra a maternidade, amamentação tudo foi criança um dia