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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Primeiro trimestre

Não queria perder a oportunidade de registrar tudo o que vivi nos últimos três meses da minha vida (e os três primeiros da vida da minha filha). Sei que não vai ser possível registrar tudo, mas pelo menos um pouco da jornada dessa minha nova vida gostaria de deixar escrita para que no futuro a minha pequenina possa conhecer um pouco mais sobre sua origem (afinal é para isso que existe esse cantinho). Então vamos lá!

1º mes (0 a 1 mês): minha recém nascida era (olha só, eu me referindo a minha pequena no passado!!! - o tempo voa), desde sempre, muito exigente! Aquela coisinha pequenina, de olhinhos inchados, corpinho pequenino e cheirinho bom, mamava e chorava o tempo todo! É, ela demonstrava muita destreza nessas duas habilidades, hihihi! Os 15 primeiros dias foram de muita ansiedade, choro (de ambas as partes). Mãe fresca sofre: pega errada, bico do peito fissurado, noites sem dormir. Sabe, minha pequena ficou sem urinar direito por uns dias e eu saquei que algo estava errado. E estava: a forma como a minha bezerrinha mamava. Por isso ela nunca se satisfazia. Por isso ela não tinha urina suficiente. Por isso ela chorava ainda mais do que a gente supõem que deve chorar um recém nascido. Uma visita (aliás, três) ao banco de leite da Maternidade Escola Santa Mônica ajudaram muito, muito mesmo! Sou grata até hoje e recomendo que toda mãe saia direto da maternidade onde tiver seu filhote (para o caso de quem não tiver parto domiciliar, claro) pra um banco de leite. E em meio a tudo isso... visitas, muitas visitas, as vezes bem na hora que eu queria tirar um cochilo. Eu chorava e chorava. E pensava: como posso não me sentir exultando de felicidade se tudo que eu mais queria - ter minha filha em meus braços - era um fato? Bem, descobri porque usam a tal frase "ser mãe é pra descer padecer do no paraíso". É doce, mas não é mole não! E mãe de recém-nascido é pára-raios de palpites, nem precisa pedir! E tive palpites profissionais! É, muitos profissionais de saúde vieram me dizer que eu precisava acordar a minha filha pra mamar. O resultado foram mãe e filha ultra-mega-hiper estressadas. Mas o tempo foi passando e nem tudo era assim tão difícil. As ideias foram clareando, assim como o cocô da filhota (é no começo é quase preto, mecônio...). Ela foi aprendendo a diferenciar o dia da noite e as vezes dormia 5 horas seguidas. Maravilha! E no final do primeiro mês, o primeiro sinal de interação da minha pequenina: um sorrisinho! Ufa, isso me deu fôlego pra chegar ao segundo mês. =)

2º mês (1 a 2 meses): esse voou! Minha garotinha cada vez maior; ainda chorando um tantão, ainda mamando um tantão, mas já sorrindo mais. Amamentaão estabelecida, horas de sono noturno mais regulares. No final do segundo mês minha cria descobriu suas mãozinhas e isso a divertia (e ainda a diverte) bastante. Também no final do segundo mês o sorrisão virou sorrisão, com muita vontade, lindo, lindo, lindo! Ainda não ficou fácil, mas a medida que os babies crescem vai ficando mais gratificante, o retorno vai sendo maior. Não que o amor seja condicional, não é isso, mas a gente fica menos cansada, isso é fato, hehehe. Mas não tão menos assim. =P

3º mês (2 a 3 meses): e cadê a minha pequenina recém nascida, hein? Aquela, que nasceu com 3 quilos e só um tiquinho? Já está com mais de 6 quilos! Já fica em outros colinhos sem chorar. Já dá gargalhadas (mas só a mamãe teve o privilégio de ver e ouvir, coisa mais linda)! Já fica com o pescoço durinho! Já rola 180º! Hum, ainda gosta muito de chorar e de mamar. Já não dorme tanto quanto antes. Aliás, o sono diurno dela é uma preocupação constante dessa que vos fala, pois minha menina esperta que olhar tudo que está ao seu redor, por isso dorme pouquinho de dia. Isso a deixa super irritada, o que no final produz chorinho. O seu início de dia é sempre de sorrisos e bom humor, mas o final da tarde é seu antônimo! Pra dormir, muitos minutos de peito! Parece que ela sabe que vai passar muitas horas sem mamar - sono noturno (e deve saber, deve estar em seu DNA, né?) e por isso fica por cerca de 1 hora e meia mamando muuuuito, rs. Mamãe nem sempre fica naquela paz de espírito, estou lutando pra desenvolver esse "dom", mas acho que estou entendendo melhor essa necessidade do meu rebento.

Minha pequena é muito esperta, inteligente, comunicativa. Hum, tá, ela gosta de reclamar da vida, mas acho que essa característica é culpa da mamãe. Papai tem uma paciência de Jó, comigo e com ela. Ele está frito, tadinho, terá que aguentar as duas, hehehe. Todas as manhãs tenho o prazer de ver seu sorrizinho. Além de tudo isso ela é a menina mais saudável do mundo! Perfeitinha, regada à leite materno! Não sei o que o futuro nos reserva, mas estou certa que o futuro sempre nos guia a algo melhor. Acreditar nisso me faz a paciência crescer, aumentar.

Não é fácil ser responsável pela formação de um ser humano. Esses primeiros anos/meses são cruciais, importantíssimos! Quero deixar gravado no inconsciente da minha filha as melhores impressões. Quero que ela sinta e saiba que e muito amada, querida, aceita. Ninguém disse que é fácil, mas é gratificante. E vamos seguir. Em frente e para o alto!

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