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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Primeiro segundo domingo de maio

Esse dia, dizem por aí, é o dia das mães. Segundo domingo de maio. Quando eu era criança, achava que esse dia era um dia de dar presente pra minha mãe. Aí ficava recortando fotos dela com tesoura picotada e escrevendo bilhetinhos, achando tudo lindo e presenteando-a assim. Ela dizia que também gostava! Na adolescência, verdadeira época dos porquês, comecei a questionar essa data e pude constatar que se tratava de algo meramente comercial. Mesmo assim segui curtindo fazer desse dia um dia diferente pra minha mãe.

Em 2009 me descobri grávida e em maio de 2010 eu estava com uma barriga imensa e uma ansiedade maior que ela. Menos de um mês depois, recebi o maior título que poderia, começaria a experiência mais relevante da minha vida: ser mãe. Ah, cada comercial alusivo à data que eu assistia era motivo pra me debrulhar em lágrimas. Me sentia tão especial, tão perfeita, tão completa, tão, tão! Eu nem estava aí se os comerciantes queriam apenas arrancar dinheiro dos filhos estimular o consumo em nome do amor à mãe, eu simplesmente me deslumbrava com aquelas palavras lindas, meticulosamente estudadas pelos publicitários.

Esse ano aguardei ansiosa pelo dia. Dia das mães. Eu sou mãe! E mais que isso: sou mãe da garota mais linda, perfeita, incrível, maravilhosa e sorridente do mundo; não, do Universo! Eu acordei feliz e vou dormir feliz. Foi um dia perfeito! O que ele teve de especial? A companhia das duas mulheres da minha vida: minha mãe e minha filha. Pra que melhor? Tinha muito mais gente junto de nós, mas a presença delas duas era imprescindível.

Estou maravilhada por ser mãe. Não é sempre fácil, é muito trabalhoso (um tanto que nem é possível traduzir em palavras). As vezes me sinto, sim, desesperada, sem saber como fazer, doidinha por uma receita pronta. Mas não tem, ela não existe. Descobri o que já dizia o poeta: é caminhando que se faz o caminho. Nem sempre acerto, nem sempre sei a medida, mas da próxima vez sempre vai ser melhor.

Ser mãe... o que é ser mãe? Ser menos eu, ser mais ela - e me sentir feliz por isso. E se conhecer tão profundamente ao ponto de abrir mão de ser somente eu mesma de vez em quando (ou de vez em sempre). É aprender que a relação mãe e filho é uma construção, que a gente aprende a cada dia e que não existe receita. É seguir princípios, é ouvir instintos, é buscar ser cada dia mais e melhor. É amar. Amar com a maior medida de amor que há no mundo!

Um comentário:

Liliane disse...

Parabéns Anninha! Seu primeiro dia das mães com sua filha nos braços deve ter sido inesquecível!
Bjussss